12 de mai. de 2012
Em
12.5.12
por
Dr. Renan Marino
em
Paracetamol
FONTE: BBC BRASIL - 09/05/2012
A ilha de Guam, território norte-americano no Oeste do Oceano Pacífico, enfrenta uma situação incomum e assustadora: a invasão da ilha por milhares de cobras venenosas. A espécie em questão corresponde à Cobra Marrom de Árvores, que se assemelha à Chironius quadricarinatus, nossa cobra-cipó, cujos espécimes têm cerca de 1m de comprimento e cor amarela intensa na região ventral.
Embora comumente restrita à floresta tropical como habitat natural, seu crescimento populacional acelerado nos últimos 30 anos fez com que seus limites naturais extrapolassem para a área urbana. O abastecimento elétrico da ilha tem sofrido frequentes "apagões" em decorrência de danos provocados pelas cobras no sistema de distribuição de energia, chamados de "cortes marrons".
Esta ilhota, que tem dimensões de cerca de 50km de extensão por 10km de largura, conta no momento com uma população estimada de 2 milhões de ofídios!
Toda a fauna da ilha se encontra ameaçada, especialmente as aves, que já contabiliza a extinção de 10 das 12 espécies encontradas no lugar.
O mais impressionante vem agora: de acordo com Dan Vice, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos a principal ação e de maior eficácia para controle do problema tem sido o extermínio das cobras com PARACETAMOL, que se mostra letal em 100% dos casos!
A estratégia consiste em contaminar camundongos com o "veneno" - segundo definição da BBC - que sendo então lançados de helicópteros, são capturados e devorados pelas cobras. É morte certa. Mais parece um cenário Hollywoodiano ou coisa de ficção, mas acreditem, é a pura verdade!
Agora imaginem nosso fígado, e o pior, infectado pelo Vírus da Dengue... Dá para entender então o desastre anunciado, as inúmeras mortes notificadas por dengue hemorrágica, que afirmamos terem na maioria dos casos vínculo causal iatrogênico com uma terapêutica absurda e irracional, conforme temos alertado incansavelmente a todos nos últimos anos: o uso do paracetamol na dengue.
A Anvisa anunciou em janeiro deste ano que iria rever o uso do paracetamol e até agora não mais se pronunciou. Precisamos cobrar urgência nesta questão, porque proibindo seu uso pelo menos na dengue, já estaremos salvando muitas vidas.
Renan Marino - Prof. Famerp - Mestre em Ciências da Saúde.
Matéria do site Folha.com
A ilha de Guam, território norte-americano no Oeste do Oceano Pacífico, enfrenta uma situação incomum e assustadora: a invasão da ilha por milhares de cobras venenosas. A espécie em questão corresponde à Cobra Marrom de Árvores, que se assemelha à Chironius quadricarinatus, nossa cobra-cipó, cujos espécimes têm cerca de 1m de comprimento e cor amarela intensa na região ventral.
Embora comumente restrita à floresta tropical como habitat natural, seu crescimento populacional acelerado nos últimos 30 anos fez com que seus limites naturais extrapolassem para a área urbana. O abastecimento elétrico da ilha tem sofrido frequentes "apagões" em decorrência de danos provocados pelas cobras no sistema de distribuição de energia, chamados de "cortes marrons".
Esta ilhota, que tem dimensões de cerca de 50km de extensão por 10km de largura, conta no momento com uma população estimada de 2 milhões de ofídios!
Toda a fauna da ilha se encontra ameaçada, especialmente as aves, que já contabiliza a extinção de 10 das 12 espécies encontradas no lugar.
O mais impressionante vem agora: de acordo com Dan Vice, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos a principal ação e de maior eficácia para controle do problema tem sido o extermínio das cobras com PARACETAMOL, que se mostra letal em 100% dos casos!
A estratégia consiste em contaminar camundongos com o "veneno" - segundo definição da BBC - que sendo então lançados de helicópteros, são capturados e devorados pelas cobras. É morte certa. Mais parece um cenário Hollywoodiano ou coisa de ficção, mas acreditem, é a pura verdade!
Agora imaginem nosso fígado, e o pior, infectado pelo Vírus da Dengue... Dá para entender então o desastre anunciado, as inúmeras mortes notificadas por dengue hemorrágica, que afirmamos terem na maioria dos casos vínculo causal iatrogênico com uma terapêutica absurda e irracional, conforme temos alertado incansavelmente a todos nos últimos anos: o uso do paracetamol na dengue.
A Anvisa anunciou em janeiro deste ano que iria rever o uso do paracetamol e até agora não mais se pronunciou. Precisamos cobrar urgência nesta questão, porque proibindo seu uso pelo menos na dengue, já estaremos salvando muitas vidas.
Renan Marino - Prof. Famerp - Mestre em Ciências da Saúde.
Matéria do site Folha.com