"... não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural. Nada deve parecer impossível de mudar."
Bertold Brecht

13 de abr. de 2016

Em 13.4.16 por Dr. Renan Marino
COMPOSTO HOMEOPÁTICO CONTRA O VÍRUS INFLUENZA-A/H1N1 É EMPREGADO EM RIO PRETO DESDE 2009.

Como estratégia de enfrentamento de endemias e epidemias, e conforme recomendado pela OMS - Organização Mundial da Saúde e respaldado pela portaria 971, de maio de 2006, do Programa Nacional de Práticas Integrativas e complementares do Ministério da Saúde, o Complexo Homeopático anti-dengue registrado na ANVISA em dezembro de 2008 , vem sendo utilizado com sucesso em várias Secretarias Municipais de Saúde no Brasil, como Rio Preto/SP, Macaé/RJ, e atualmente, já há 2 anos, em 65 cidades no estado de Goiás. Na condição de coordenador destas ações também respondo pelo registro em 2009, no INPI – Instituto Nacional de Patentes e Invenções, do Complexo Homeopático anti-H1N1/gripe A, indicado como auxiliar do tratamento e homeoprofilático nos casos desta doença, que desde então vem sendo esporadicamente empregado em Rio Preto e região.

Foi o caso de Orindiúva, cidade do noroeste paulista, quando em 26/9/2009, em parceria com a AMHESP- Associação Médica Homeopata do Estado de São Paulo- realizamos uma inédita campanha para prevenção da gripe H1N1, com a distribuição de 4352 doses do medicamento. Na ocasião 70% da população da cidade recebeu a medicação, não sendo registrado nenhum caso da doença nos 6 meses subsequentes.

O Complexo é composto pela associação de 03 medicamentos homeopáticos: Influenzinum + Gelsemium + Ipecacuanha e vem sendo recomendado preventivamente para profissionais da área da saúde (Hospitais, Unidades Básicas de Saúde e Pronto-atendimentos) além de familiares e pacientes atendidos em consultórios particulares e ambulatórios do SUS. O Dr. Renan também, chama a atenção quantos aos medicamentos homeopáticos que estão sendo indicados para tratar H1N1 em diferentes estados brasileiros (MS, RJ, SP), por apresentarem espectro de ação parcial ou insuficiente, uma vez que somente o emprego do princípio ativo Ipeca, identificado como gênio epidêmico desta pandemia de Influenza A – H1N1, garante a eficácia da medicação. A Ipecacuanha ou Ipeca corresponde a uma planta nativa do centro-oeste brasileiro, que teve a sua experimentação patogenética realizada em 1805, pelo próprio Hahnemann, criador do método terapêutico homeopático. O Infuenzinum é um bioterápico, isto é, corresponde ao próprio vírus H1N1 desenvolvido em 1929 como vacina pelo Instituto Pasteur (Paris, França).

Deve ser destacado também a feliz coincidência da presença neste complexo homeopático, do Gelsemium, planta com importantes princípios ativos antivirais e que foi experimentada patogeneticamente nos USA em 1853 por J.S. Douglas, e que também representa o gênio epidêmico (técnica homeopática para encontrar a medicação mais apropriada para cada epidemia) dos casos de Febre Zika! Desta maneira, o uso deste complexo H1N1/gripe A, em razão do Gelsemium também fazer parte da medicação, também confere imunoprofilaxia ao Zika vírus!

A julgar pelos estudos de Jordan, Londres, 1927 (vide gráfico), o atual surto de casos H1N1 pode representar apenas casos relativos à 1ª onda e acende o alerta quanto ao risco de nos encaminharmos para uma eventual "2ª onda", com a chegada de um provável “start” representado pelas constantes mutações do vírus e pelas baixas temperaturas das madrugadas do inverno que se aproxima.


A análise dos quadros clínicos e estudos retrospectivos da epidemia de 1918 – gripe espanhola – mostram a correlação sintomática desta com o atual surto que vem sendo registrado no Brasil, (já confirmados mais de 100 óbitos até o momento) de acordo com dados divulgados pelo SINAM/Ministério da Saúde, como: febre súbita (39º), prostração, cefaléia intensa, dificuldade respiratória com tosse incessante e asfixia, náuseas, vômitos e muitas vezes diarréia com sangue; descolamento placentário, hemorragias e abortamento que podem surgir no transcurso da gestação, com evolução para colapso cardiovascular nos casos mais graves.

Registros do Journal of the American Institute of homeopathy (1921;13:1028-1043), mostram que a mortalidade entre 62.000 pacientes tratados com homeopatia foi de 0,7% contra 30% de óbitos dos tratados com medicina convencional ou alopática.

Podem ser relacionadas como vantagens do Composto Homeopático Anti-H1N1/gripe A:

- Rápida implementação do método;
- Uso na prevenção e no tratamento de eventuais quadros epidêmicos;
- Baixo custo, com resultados altamente favoráveis e historicamente reconhecidos (uso secular) em diferentes quadros epidêmicos, em várias épocas e países;
- Ausência de contra-indicações ou efeitos colaterais, representando uma medida complementar às ações já desenvolvidas e recomendadas pelo Ministério da Saúde.

Nos casos suspeitos ou confirmados é recomendada a utilização do medicamento na dose de 5 gotas via oral, 4 x ao dia, durante 10 dias, como coadjuvante do tratamento clássico. Como homeoprofilaxia, isto é, como forma de prevenção e atenuação dos casos da doença, recomenda-se a dose de 5 gotas 1 x ao mês, todo 1º dia de cada mês, ao longo da duração do período de endemia ou epidemia.

Dr. Renan Marino, é pesquisador e professor da FAMERP – Faculdade de Medicina de Rio Preto, mestre em Ciências da Saúde com ênfase da aplicação da Homeopatia em epidemias.