"... não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural. Nada deve parecer impossível de mudar."
Bertold Brecht

4 de ago. de 2010

Em 4.8.10 por Dr. Renan Marino em

O Dr. Renan Marino entrou com representação no Ministério Público Federal (MPF) pedindo a suspensão do uso do paracetamol no tratamento da dengue, ele alega que:

“O Paracetamol não pode ser indicado nos casos de dengue, já que é a droga com maior potencial lesivo ao fígado em uso atualmente no mundo.

Em 2002, as pesquisas com microscopia eletrônica mostravam que a dengue na verdade corresponde a um quadro de hepatite viral causado por qualquer um dos 04 sorotipos do vírus da dengue – DEN1 – DEN2 – DEN3 – DEN4, em razão da marcada hepatoxicidade desta classe de vírus – flavivírus – a qual também pertencem os agentes etiológicos da hepatite C e febre amarela. As alterações hepáticas na dengue não são devidas às complicações, mas fazem parte da história natural da doença. Quanto mais se usa Paracetamol mais complicações hemorrágicas e óbitos são registrados.

É sabido que o fígado lesado em até 80% pela intoxicação pelo Paracetamol, não manifesta sintomatologia nas primeiras 72 horas, podendo inclusive evoluir silenciosamente. No 4º dia pós intoxicação, o indivíduo apresenta súbita dor abdominal, hipotensão, hipotermia, transtornos da coagulação com hemorragias, choque cardiovascular, podendo evoluir para óbito. Aqui chamamos a atenção para o fato destes sintomas, intoxicação aguda pelo Paracetamol, serem exatamente os mesmos sintomas atribuídos à dengue hemorrágica e síndrome do choque da dengue".

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E aqui para ler matéria publicada no Diário da Região.